segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Capa de nova revista escolhe mentor da economia florestal como símbolo do futuro do Brasil

A revista Fora de Série, lançada no último fim-de-semana junto com o novo jornal Brasil Econômico, traz reportagem de capa sobre "Os brasileiros que estão mudando nosso futuro", retratando o ambientalista Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra, como exemplo de um grupo de "visionários e desbravadores". A razão principal pela qual Smeraldi é escolhido como símbolo da inovação é o fato de ter concebido a proposta de economia florestal, um conceito que vai além do manejo e está baseado em cadeias industriais articuladas com o capital natural do Brasil. A revista destaca a ligação da inovação com a Amazônia, antecipando um dos temas que Smeraldi apresenta em seu novo livro sobre negócios sustentáveis, que será lançado amanhã terça-feira dia 13/10 em São Paulo, em evento na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, às 19:30hs.

Outros oito brasileiros "arquitetos do futuro" são retratados nas páginas da reportagem da revista, que em seu editorial afirma focar o "tipo de gente que parece ter nascido para ser número 1". Trata-se da jogadora Marta, do cientista da célula-tronco Stevens Rehen, do "professor de Iconomia" (com I) Gilson Schwartz, do "modernizador de museus" Nicola Bernardo, do "economista abridor de contas" Gil Castello Branco, da "colecionadora generosa" Ângela Gutierrez, do grafiteiro Titi Freak e do pianista João Carlos Martins.

Eis a seguir a íntegra do perfil da personagem de capa da Fora de Série, retratada "de bicicleta e mocassim no parque Ibirapuera", em São Paulo.

ROBERTO SMERALDI
Contribuição para o futuro: Pensar em cadeias industriais que façam girar uma verdadeira economia florestal

Imagine incorporar à sua vida o hábito de comprar e preparar pessoalmente os alimentos que irão nutri-lo, à sua espossa e aos seus filhos pequenos. “Penso na saúde deles e do planeta. Significa preferir o produto local ao importado, o fresco ao que desperdiça energia sendo congelado. A idéia é juntar o gostoso com o eficiente”, receita o ítalo-brasileiro Roberto Smeraldi, que tem uma horta em casa, em São Paulo, e há duas décadas fundou a Amigos da Terra – organização que catalisa iniciativas e discussões sobre a Amazônia. Ele também integra o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e o Conselho da Mesa Redonda de Biocombustíveis Sustentáveis, para citar apenas duas cúpulas nas quais está um dos ambientalistas mais importantes do país. Visionário, Smeraldi quer transformar a maneira como o Brasil olha para o frágil e imenso capital que tem no quintal. “Chamar isso de recurso natural é um conceito ultrapassado. É preciso incorporar a dimensão de capital natural, que inclui os serviços climáticos, ligados à temperatura atmosférica, os serviços de biodiversidade e o acesso à água”, ensina. Há muito por fazer, mas ele crê que apesar de políticas públicas “premiarem o atraso e não a inovação”, o país tem setores e empresários na contracorrente. “O futuro da cana, a meu ver, é etanol celulósico e geração bioelétrica”, diz, décadas à frente, o autor de O Novo Manual de Negócios Sustentáveis (Publifolha), a ser lançado este mês. Entre as ideias, uma solução para o impasse da preservação: não bastam planos de manejo, é preciso construir cadeias industriais inteiras em cima da economia florestal. Investir capital, financeiro, tecnológico e intelectual para fazer render o capital natural. É isso ou a devastação, também chamada de prejuízo.


Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

domingo, 4 de outubro de 2009

Valor da biodiversidade é mil vezes superior ao da agricultura


O Cerrado ainda tem 800 mil quilômetros quadrados de terras agricultáveis - uma área igual à da França e Reino Unidos juntos, suficiente para duplicar tudo o que já é ocupado pela agropecuária no bioma.

Se o País for inteligente, não precisará desmatar nem um hectare dessa terra. "A riqueza que temos guardada na biodiversidade do Cerrado é mil vezes superior à da agricultura", diz o engenheiro agrônomo Eduardo Assad, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A afirmação surpreende. Não só pelo conteúdo, mas por sair da boca de um cientista que há mais de 20 anos dedica sua vida ao agronegócio e que se lembra, sorrindo, dos tempos em que passava o correntão no Cerrado em cima de um trator, na fazenda da família em Quirinópolis, no sul de Goiás. Só que os tempos mudaram. Agora, diz Assad, é hora de preservar e pesquisar as riquezas que o bioma tem a oferecer no seu estado natural.

Até mesmo para o bem da própria agricultura. "A preservação do Cerrado é a salvação da lavoura", costuma dizer o pesquisador. Segundo ele, é no DNA das plantas nativas do bioma que estão escondidos os genes capazes de proteger suas inquilinas estrangeiras (a soja, o milho, o algodão, o arroz) do aquecimento global. Dentre as 12 mil espécies nativas conhecidas, só 38 ocorrem no bioma inteiro, o que significa que estão adaptadas a uma grande variabilidade de condições climáticas e de solo.

"A elasticidade genética das plantas do Cerrado é impressionante", afirma Assad. Ele e sua mulher, Leonor, também pesquisadora, destacam que o Cerrado é uma formação mais antiga do que a Amazônia e a Mata Atlântica, tanto do ponto de vista geológico quanto biológico. O que significa que suas espécies já foram expostas - e sobreviveram - a todo tipo de situação: muito frio, calor, seca, etc.

Os genes que conferem essa capacidade adaptativa poderiam ser transferidos para culturas agrícolas via transgenia, tornando soja e companhia igualmente resistentes às intempéries climáticas que estão por vir. Só falta descobri-los. "O Cerrado é o maior laboratório de prospecção de genes do mundo, mas ninguém olha para isso", diz. "Nem estudamos o genoma dessas espécies e já estamos acabando com elas."

Sem falar no potencial farmacológico das plantas medicinais e nos serviços ambientais prestados pelo bioma como um todo: estocagem de carbono, controle climático, controle de erosão, produção de água e outros fatores cruciais para a agricultura. "A conservação tem de ser vista como uma atividade produtiva também", diz a bióloga Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília.

Desconhecimento - Não é o que acontece. A riqueza econômica e tecnológica do agronegócio contrasta com a pobreza de recursos e de conhecimento sobre o bioma. "Trabalhar com políticas públicas no Cerrado é muito frustrante", admite o diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires. "Quando se fala em trabalhar com a Amazônia as portas se abrem. Quando se fala em trabalhar com o Cerrado, elas não se mexem."

Mercedes sente a mesma dificuldade. Ela é coordenadora científica da Rede de Pesquisa ComCerrado, recém-criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com representantes dos 11 Estados do bioma.

A ideia é fazer pelo Cerrado o que o Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera (LBA) faz pela Amazônia, produzindo o conhecimento científico necessário para entender, valorizar e explorar adequadamente - quando possível - os serviços ambientais prestados por seus ecossistemas. "Não há como fazer boa gestão sem informação", ressalta Mercedes. "Vemos muitas políticas públicas que carecem de embasamento técnico adequado."

Por enquanto, o programa tem R$ 220 mil em caixa para pesquisa. A expectativa é que receba R$ 6 milhões do MCT nos próximos dois anos, mais o valor de uma emenda parlamentar apresentada pela bancada do Distrito Federal - inicialmente orçada em R$ 7 milhões, mas reduzida para R$ 1,7 milhão.

Parte da dificuldade, diz Mercedes, é o Cerrado estar espalhado por várias regiões e não concentrado em um bloco geopolítico coeso, como a Amazônia. "Até a Caatinga tem mais força política do que o Cerrado", diz o gerente do Programa Cerrado-Pantanal da ONG Conservação Internacional, Mario Barroso - sem desmerecer a importância da Caatinga. (Fonte: Herton Escobar/ Estadão Online)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Desmatamento das Florestas

O desrespeito e a depredação da natureza provocam consequências desastrosas.
A destruição de florestas e o aquecimento global propiciam a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária.
Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vírus que não conhecia, como o HIV , que espalhou-se pelo mundo a partir da caça de chimpanzés na selva africana.

Na Europa, EUA e em várias partes do mundo, florestas foram devastadas em nome do próprio progresso, para dar lugar a plantações, pastos, cidades, indústrias, usinas, estradas, etc

Campeão absoluto de biodiversidade terrestre, o Brasil reúne quase 12% de toda a vida natural do planeta. Concentra 55 mil espécies de plantas superiores (22% de todas as que existem no mundo), muitas delas endêmicas (só existem no país e em nenhum outro lugar); 524 espécies de mamíferos; mais de 3 mil espécies de peixes de água doce; entre 10 e 15 milhões de insetos (a grande maioria ainda por ser descrita); e mais de 70 espécies de psitacídeos: araras, papagaios e periquitos. (Conservation International)

Quatro dos biomas mais ricos do planeta estão no Brasil: Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e Pantanal. Infelizmente, correm sérios riscos. A Mata Atlântica se desenvolve ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Ela guarda cerca de 7% de sua extensão original e o Cerrado possui apenas 20% de sua área ainda intocados. Estas duas áreas são consideradas hotspots, isto é, áreas prioritárias para conservação, de rica biodiversidade e ameaçada no mais alto grau.

. A Amazônia :

- É a maior floresta tropical do planeta.
- Estende-se por uma área de 6,4 milhões de quilômetros quadrados na América do Sul.
- 63% no Brasil e o restante estão distribuídos no Peru, Colômbia, Bolívia, Venezuela, Guiana, Suriname, Equador e Guiana Francesa.
- Abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e grande parte do Maranhão. - A Amazônia Legal correspondente a cerca de 61% do território brasileiro (5.217.423 km2).
- Tem 20 milhões de habitantes (IBGE, 2000) e baixa densidade demográfica.
- Guarda cerca de um quinto das reservas de água doce do mundo.O Rio Amazonas é o maior do mundo em volume de água.
- Megabiodiversidade : é rica em espécies vegetais e animais.
- A floresta absorve carbono diminuindo as consequências das mudanças climáticas globais.
- Enorme potencial de plantas a serem descobertas para uso farmacêutico, cosmético, químico, alimentar, etc.

Ameaças : grilagem (posse ilegal de terras mediante documentos falsos), desmatamentos, queimadas, madeireiras predatórias, expansão da fronteira pecuária e agrícola (soja principalmente no Mato Grosso), fiscalização insuficiente, impunidade, caça e pesca sem controle, contrabando de animais. A floresta é vulnerável aos efeitos do aquecimento global.

Em 2004, o setor madeireiro extraiu o equivalente a 6,2 milhões de árvores. Após o processamento principalmente no Pará, Mato Grosso e Rondônia, a madeira amazônica foi destinada tanto para o mercado doméstico (64%) como para o externo (36%). O Pará é o principal produtor de madeira amazônica, representando 45% do total produzido e concentra 51% das empresas madeireiras.
A industrialização ocorre ao longo dos principais eixos de transporte da Amazônia. Alguns dos graves problemas são o caráter migratório da indústria madeireira e o baixo índice de manejo florestal. Madeireiros tem construído milhares de quilômetros de estradas não-oficiais em terras públicas facilitando a grilagem. (IMAZON)

O que podemos fazer ?

Denúncias sobre agressões ao meio ambiente, como incêndios florestais, podem ser feitas através da Linha Verde do IBAMA 0800-61-8080. Saiba mais no site www.ibama.gov.br/prevfogo .

Ao comprar produtos florestais como madeira e papel, exija o selo Conselho de Manejo Florestal (FSC) para ter a garantia que eles provém de florestas manejadas de acordo com critérios rigorosos e não predatórios. O selo verde atesta o uso de técnicas de corte que respeitam os ciclos de regeneração da mata. No site www.fsc.org.br encontra-se a lista com todas as empresas certificadas.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cuide bem do seu planeta e é lá onde você vive! Dê valor.







A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo. Esta poluição tem gerado diversos problemas para o ecossistema, por exemplo a chuva ácida que afeta as plantas, o efeito estufa que também é causado pela poluição afeta no ecossistema pois um animal que vive em um determinado local é obrigado a se mudar por uma queimada. A poluição não afeta apenas o meio ambiente, afeta o ser humano também nas cidades, causando problemas respiratórios (bronquite, rinite alérgica e asma) que levam pessoas aos hospitais durante o ano todo.






Apesar de tudo isso o homem procura um modo de proteger o meio ambiente e a si mesmo. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí bem menos do que a gasolina e o diesel. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.